O ano começou com destaque para o Estado do Pará. De acordo com dados consolidados do ano de 2020 do boletim econômico mineral e divulgados nesta semana pelo Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), dos US$ 20,536 bilhões em exportações totais do Estado do Pará em 2020, as Indústrias de Mineração e Transformação Mineral responderam por 90% deste valor. Juntas, exportaram US$ 18,562 bilhões, 15% a mais do que em 2019, fazendo do setor mineral o grande vetor de crescimento do comércio exterior paraense. A indústria de mineração contribuiu com US$ 16,960 bilhões e a indústria de transformação com US$ 1,602 bilhão.
Para Carlos Ledo, secretário interino da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e (Sedeme), as perspectivas para os próximos anos são ainda promissoras. O secretário falou, também, sobre o resultado mesmo em um ano de pandemia no mundo todo. “A mineração praticamente não parou. Além da oferta limitada, a cotação do minério cresceu e, com ela, a geração de CFEM. O aquecimento do setor e as altas de preços das commodities aliados à alta do câmbio do dólar também contribuíram para o resultado positivo”, ressaltou falando também da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
SERABI GOLD
Há 20 anos no mercado, a Serabi Gold possui minas que ficam na região do Tapajós, Sudoeste do Estado do Pará, onde atua com um quadro de mais de 600 funcionários, sendo 80% formado por paraenses.
Para Ulisses Melo, Diretor-Presidente da Serabi Gold, o resultado mostra que a companhia está conectada às estratégias do Estado, validando o pioneirismo empreendedor da Serabi em uma região predominantemente garimpeira que tem sua produção voltada às exportações. “Tanto o concentrado de cobre como o bullion doré fabricados na Serabi são exportados”, destaca.
No mês de setembro do ano passado, o Grupo Serabi Gold conquistou a licença Prévia do Projeto Coringa, localizado entre os municípios de Novo Progresso e Altamira, no sudoeste do Pará, o que significa mais investimentos para o setor de mineração para o Estado.
PRODUTOS
Os principais produtos exportados pela indústria de mineração do Pará foram ferro, gerando um lucro de US$ 13,968 bilhões, seguido de cobre (US$ 1,899 bilhão), ouro (US$ 295 milhões), manganês (US$ 260 milhões), níquel (US$ 166 milhões), bauxita (US$ 134 milhões), caulim (US$ 119 milhões) e silício (US$ 67 milhões).
No ano passado, o minério de ferro foi o carro chefe da produção e exportação mineral paraense, com 182 milhões de toneladas comercializadas, um crescimento de 20% em relação a 2019.
“O Pará já é o primeiro estado minerador do país. E ainda temos um potencial enorme para se tornar um dos maiores centros mineradores do mundo. Então, temos que mostrar para esse mesmo mundo, que aqui na Amazônia se faz a mineração mais moderna do planeta, em termos de equipamentos e processos ambientais, com respeito ao meio ambiente e às comunidades”, avalia o presidente do Simineral, José Fernando Gomes Júnior.
Sobre o trabalho que a Sedeme vem executando para garantir o crescimento do resultado no ranking, Carlos Ledo destacou que “entre as ações voltadas ao estímulo à mineração responsável estão a reativação do Conselho Consultivo de Política Minerária do Estado, a atualização do Plano Estadual de Mineração e a elaboração do Plano Estratégico para o Setor Mineral Paraense”.
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