Com um fino filme à base de cobre, em uma espessura 15 vezes menor do que um fio de cabelo, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um implante bioativo capaz de desativar vírus e matar bactérias.
O revestimento é biocompatível e previne a contaminação do material por microrganismos causadores de infecções, como a osteomielite, que afeta os ossos, e a peri-implantite, no caso de próteses dentárias.
O revestimento é denominado biofuncionalização e feito por um processo de eletrodeposição com tratamento químico. A técnica permite o beneficiamento de peças em diferentes geometrias, das mais simples até as mais complexas. Para agregar o cobre na superfície dos implantes, a equipe aplicou um tratamento térmico. As peças com a cobertura metálica foram aquecidas para que as partículas da película protetora se integrassem ao titânio.
Os testes realizados em laboratório simularam o ambiente de um organismo vivo, o biomaterial, que se mostrou promissor. Os implantes revestidos pelo biomaterial registraram um leve aumento de resistência à corrosão, quando comparados com as ligas sem tratamento, e não apresentaram alteração das propriedades mecânicas.
No estudo desenvolvido pela Unicamp, os pesquisadores conseguiram controlar a quantidade de cobre exposta na superfície do implante, de forma a reduzir possíveis efeitos colaterais e toxicidade às células humanas.
A próxima fase dos estudos prevê testar os implantes bioativos em modelos animais e humanos.
Fonte: Brasil Mineral
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